quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

coração aberto, corpo fechado

A verdade é que o mesmo que faz seus olhos brilharem de surpresa, tem força proporcional para deixa-los nublados. Tão deliciosamente torturante e frustante e decepcionante. Um simples sorriso, aparentemente sincero, faz você ganhar o dia. E o mesmo sorriso desmascaradamente falso, faz você morrer por dentro. Eu desmorono, porque preciso aprender de uma vez por todas a quem entregar a parte bonita e usar a parte escura do meu ser para ignorar o resto. Mas eu ainda me decepciono tanto, mas vou aprendendo. Sofrendo e aprendendo, tranquila. E que dessas dores improváveis e evitáveis, eu possa retirar o aprendizado que me fará cromada e fechada, seletiva e mais para frente, mais feliz. Ainda de coração aberto, mas de corpo fechado.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Não sei. Acho que as coisas andam mudando. Mudando tanto que se complicaram, se confundiram. Ou então, as pessoas mudaram tanto que esqueceram o valor real das palavras. Estranhamente dizem uma coisa e fazem outra. Ou com atitudes demonstram sentimentos que não querem sentir, ou que não sentem mas dizem que sentem. Sei lá. As pessoas estão confusas a ponto de confundir as outras, ou são apenas cruéis o suficiente a ponto de usa-las. No meio disso eu me encontro. Algumas vezes do lado podre da história, mas na maioria das vezes na parte amarga. Vivendo e aprendendo a jogar

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Desapego

Eu passava dia e noite me perguntando. O que errei, o que acertei e o que estava faltando. O que eu deveria fazer, porque comigo, porque comigo não. As horas iam correndo, as perguntas continuavam as mesmas, e as respostas sempre mudavam. E eu que sempre achei que as mesmas perguntas geravam sempre as mesmas respostas, tinha me enganado. Me enganei tanto que tantas vezes me confundi e fiquei presa por lá. Me perguntando quanto amor eu tinha a dar, quanto amor faltava pra mim, tanto tudo, tanto nada. Me afogando. É provável que você também já tenha sentido isso, mas não como eu. E eu ainda me prendia nas respostas. Porque essa dificuldade de escolher, o que vestir, o que comer, o que dizer. Me dava enjoo as vezes, também me dava medo. Foi então que um dia, na verdade hoje, que eu percebi que as respostas nunca serão dadas e que as perguntas não poderão ser sempre as mesmas. Um dia de cada vez, como uma viciada - que sou - resolvi largar as dúvidas. Uma por uma, dia após dia me desfazendo as pouquinhos. Até que a felicidade possa ser alcançada com uma única e exclusiva resposta para tudo. Mantendo sempre forte em mim a ideia que o mundo dá voltas e tudo passa, até mesmo a dúvida. Desapego. A resposta pra todas as aflições e questões.