sábado, 25 de abril de 2009

Minha mente, meu mundo

A mente humana é realmente assustadora. Eu tenho uma, sempre tive, e venho desenvolvendo meu corpo em conjunto com ela esses anos todos e mesmo assim ela me surpreende. Me surpreende quando me deixa agir de surpresa com as emoções que vão surgindo de lugar qualquer, igual ao um animal medroso, fugitivo, sempre na defensiva. Quando enche seu espaço a ponto de explodir, ou esvazia por completo e me transforma em um balão a mercê do vento que força do lado de fora da alma. A mente é assustadora. Ela controla meu instinto, oprimi demais até que ele desaparece e se esconde por completo dentro de mim, e se por acaso eu precisar dele terei que me virar com a RAZÃO. Razão a qual o homem perdeu a muitos anos atrás. E eu também nem tenho.Aí, a luz que deveria ter na cabeça apaga e eu caio nas graças da escuridão dos sentimentos, um profundo desentendimento entendido. Então me confundo me aprofundo e me perco de verdade na mais pura realidade que tenho, isso me apavora, me emburrece, me entristece. Meu chão passa a ser um monte de ovos que não sei como pisar, um aglomerado de sonhos que quero conquistar, uma pilha de medos e pesadelos. O tumulto está armado, instituído, organizado, dentro da desorganização que meus neurônios causaram por não filtrarem as respostas nervosas nem as sinapses funcionam mais. E eu me torno um ser racional, porque agora sim vejo. E o que eu vejo não me agrada. Mas ninguém se importa com isso, e tudo que eu passo a querer é voltar para o meu mundo de antes, obscuro da realidade. O mundo que me conforta, o meu mundo.

sábado, 18 de abril de 2009

Quando estou com eles



É como se uma parte de mim tivesse ficado para trás, e essa parte que ficou tivesse deixado em mim algo que eu nunca esquecerei. Foi extremamente importante para mim, foi essencial para meu aprendizado e para a minha profissão. Eu me sinto privilegiada, me sinto honrada, e posso dizer que minha vida tem valor diante dessa escolha que eu fiz. Tenho certeza, é isso que eu quero. Eu amo fazer o que faço, e estar onde estou. Quero continuar tendo a minha volta seres em desenvolvimento, seres pequeninos que não fazem ideia do mundo cruel, e é isso que eu gosto mais. Quando estou com eles nada me fere, nada me atinge, somos apenas nós. Sem medos e sem medidas. Tão mutáveis, tão exageradamente lindos, tão verdadeiros, tão diferentes das outras pessoas. Eu amo como eles são. Seus sorrisos perfeitos, seus choros manhosos, os perfumes todos iguais. Roupas da mesma cor, pés de mesmo tamanho, rostos com muitas bochechas, cabelos fininhos, vozes tão altas e abraços apertados. Nossa! Como eu amo isso. E foi um mês de relacionamento, eu já sinto saudade do que foi á uma hora atrás. Eles dão sentindo ao meu dia-a-dia. Eu os desejo tão fortemente, desejo uma felicidade mais tarde, na mesma proporção que eles me causaram. Eu desejo uma saúde vigorosa tanto quanto á que eles recuperaram quando eu chegava e recebia seus carinhos. Eu desejo que eles mudem, mas nunca deixem de ser como são. Perfeitos por serem naturais como todos nós deveríamos ser. Sentirei saudades meus pequenos grandes alunos. Eu amo vocês.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Automatização



Andando pelas ruas eu vejo automóveis, auto peças,
Só não achei que chegaria o tempo em que encontraria
auto pessoas. Tudo automático, independente, auto sustentável, auto suficiente. E as pessoas viraram coisas também. Pessoas são agora AUTOMÁTICAS, e você pode acha-las em diversos lugares, por um preço bem camarada. Sem valor. Sem sentimento. Mas tem muito ainda manual. Manual de instruções não tem não, a pessoa automática é um susto a cada reação. Inesperadas circunstâncias, e perigosas elas se tornaram, já que agora são máquinas, e máquinas não pensam, apenas executam. Só não são dependentes de outras delas.. Porque quando dão conta do que se tornaram, o coração enferruja, óleo sai pelos olhos, e tudo fica claro, mas não resolvido. E a vida continua, com a lembrança triste de que já fomos facilmente felizes, e que agora felicidade é utopia da massa. Eu, não máquina, não automática, guiada pelo amor,
pelo medo, pelo instinto e apesar de todo mal entendimento
que existe entre mim, e o mundo tecnológico, posso dizer com clareza que o mundo não é mais como era antes, mas ainda gosto, porque vivo.