domingo, 28 de abril de 2013

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Olhar os movimentos da sua boca sem te-los na minha, arde como refluxo de um copo de vodca que bateu forte no estômago. Me arrepia e esquenta. E ainda sem te-lo como gostaria, você me ilumina quando está. Sorrio em silêncio e respondo contradizendo o que internamente eu sinto. Engulo friamente calculadas, as respostas mal dadas nas conversas atrevidas. E vejo tanta afinidade que não dá certo. E as marteladas no meu peito quando tua mão inocentemente me auxilia, assim como a saliva que engulo quando fixa seus olhos me intimidando, eu guardo. E incomoda porque calo quando queria gritar.