quarta-feira, 5 de novembro de 2014

De noite eu aguardo uma palavra. Nas manhãs eu anceio por uma motivação. E eu escrevo e apago mensagens que quero enviar mas não sei formular. Perdi a fórmula, esqueci as letras e não sei unir uma por uma até formar uma frase que faça sentido. A capacidade de raciocinar sumiu. E quando pisco, por um milésimo de segundo eu vejo seu rosto. Com olhos tão profundos e desconfiados, boca desenhada, sorriso forte e covinhas. Falta as palavras, a pontuação, o ar. E preciso de alguns segundos pra recuperar o fôlego, a sanidade. Fico totalmente desequilibrada. Esqueço o que tinha combinado comigo mesma que não sentiria, e então sinto.

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