quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Furacão

Um onda de alegria toma conta de mim, seguida de um tufão. Eu sou um furacão nas mais abrangentes maneiras de interpretar essa metáfora. Eu sou o medo vindo em sopro, sou ar fresco depois da tempestade. E eu giro para todos os lados seguindo o calor. Procurando algo para me absorver. Quando bato na massa de algum coração gelado, me condenso em lágrimas de chuva. Inundam ou simplesmente refrescam, a caminho da destruição. Sobre os sentimentos que tenho, também são nebulosidade - vão e vem com a velocidade rotatória do meu corpo de ar - amor, aflição, medo, paz. Posso dizer que eles me definem: inconstante e mutável. Meu núcleo - tão intenso, poderoso e quente - perdido pelas paisagens, em busca de calmaria para repousar o corpo, carregado de objetos que trouxe de tantos temporais.

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